sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Petróleo gera vagas na indústria naval

Rio de Janeiro
Depois de duas décadas de fortes tempestades que levaram a pique a indústria naval brasileira nas décadas de 80 e 90, o setor está vivendo um boom propulsionado pelos investimentos da Petrobras no desenvolvimento da produção de petróleo incluindo os campos do pré-sal, cujas encomendas chegarão a US$ 150 bilhões até 2020.

A lista da estatal, que inclui 97 plataformas e 510 barcos de apoio às plataformas, traduz-se na construção de 17 novos estaleiros, que estão demandando recursos de R$ 12 bilhões. Os dados fazem parte de mapeamento feito pela associação Brasileira de Construção Naval e Offshore (Abnav) e pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval).

Atraídos pela demanda no setor de petróleo e gás, surgem polos no país, com estaleiros de Norte a Sul. Ganham destaque as novatas do setor, como as construtoras Odebrecht e OAS, além da empresa de engenharia industrial UTC. Os estrangeiros também apostam no Brasil. Um dos principais responsáveis pela reativação é a Transpetro, subsidiária da Petrobras, com a criação em 2004 do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota, quando houve a encomenda de 49 navios.

Nos anos 80 e 90, o setor entrou em crise por falta de encomendas. Hoje, além da demanda existente, renasce apostando em ser competitivo também internacionalmente. Com isso, o presidente da Abnav, Augusto Mendonça, destaca que o setor naval será o dobro da indústria aeroespacial e da de eletrodomésticos nos próximos dez anos. Segundo ele, a geração de vagas vai saltar dos atuais 50 mil para 100 mil empregos até 2016.

Para Ariovaldo Rocha, presidente do Sinaval, há demanda para 50 anos: "O momento é único. É por isso que só em 2010 mais de 15 comitivas estrangeiras vieram ao país. Elas estão querendo se associar a empresas nacionais".

Dessa forma, as companhias se movimentam. A PJMR - acionista dos estaleiros Atlântico Sul e Promar Suape, STX Europe, Quip e Noroil Navegação - revela que a Quip pode formar com o Atlântico Sul um consórcio para construir sondas em um possível novo estaleiro.

Em nova fase, o setor recebe marinheiros de primeira viagem. É o caso de Odebrecht, UTC e OAS, que se juntaram para investir R$ 1,7 bilhão na construção do Estaleiro Enseada do Paraguaçu, na Baía de Todos os Santos (BA).

Fonte - Agência Globo

"Guia Naval, aqui se constrói uma amizade."

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